Hoje uma amiga me enviou um texto que continha essa trecho, achei o texto inteiro muito interessante mas, essa parte me deixou pensativa, e me fez relembrar muitas coisas.
Há algumas semanas atrás, ela já havia deixado uma pergunta solta em minha cabeça 'O que move o teu coração?', e agora indago e reflito sobre tantas coisas.
O que eu tenho derramado? Será que eu tenho sido um instrumento de bondade, amor e compreensão? Ou tenho sido apenas mais uma na multidão, que passa e vai embora como uma brisa de verão? Do que eu tenho falado? Será que eu tenho reclamado mais do que agradecido? O que eu tenho semeado? Amor? Ódio? Vingança? O que eu tenho oferecido para as pessoas ao meu redor? Um ombro amigo ou uma resposta ácida, um 'uhum' vazio?.
Na nossa mente, tudo o que fazemos é justificável... 'Ahh eu estava de mal humor, eu estou tendo um dia horrível, eu não dormi essa noite, minha cabeça está doendo'... E vamos pisando nas dores alheias, porque, afinal, a nossa dor é mais urgente.
Será que falta a nós todos um espelho em casa? Um daqueles que você olha e se enxerga como realmente é, embaixo das máscaras que colocamos todos os dias?.
Acho que o medo de ver quem somos nos faz nunca olhar pra esse espelho. A figura feia, desnutrida, queimada, sangrando que nós somos embaixo das máscaras que usamos nos assombra, e admitir que também precisamos de um 'toque' aqui outro acolá é pavoroso demais.
Que saibamos nos enxergar todos os dias de manhã ao sair da cama, naquele momento entre o escovar de dentes e o pentear os cabelos, e que isso nos faça ver quem somos todos os dias, para que antes de apontarmos o dedo o quebremos, pois jamais avaliaremos o dano que causamos por onde temos passado.
